Resumindo a obra, como disse certa feita o poeta:
"A última bandeira parte da clareira do 
Ibirapuera.
Homens levam a rosa dos ventos tatuada nos 
gibões, e botas principiam a tingir-se de distância.
Os noivos do horizonte
penetram a dimensão do sonho.
Mestre-de-Campo Victor Brecheret 
comanda
seus mamelucos de granito.
Abre-se o ciclo da imortalidade" Paulo Bonfim, In ob. cit., pág. 171.



Um ano antes do quarto centenário da cidade, Victor Brecheret entregou-nos 
aquele que seria o seu maior e mais belo trabalho, e que ele ainda pode ver em 
vida – o Monumento ás Bandeiras, plantado no Parque Ibirapuera. Uma obra 
prima que teve de vencer inúmeros obstáculos para nascer.
Poucos sabem, mas a pedido do próprio Brecheret, que já não gozava 
de boa saúde, a inauguração do monumento foi antecipada para 1953, pois o 
artista queria entregar à cidade de São Paulo aquela que foi a sua obra maior, 
tendo dito: "Trinta anos me custou tudo isso. Quero ver o 
trabalho inaugurado logo, antes de morrer" (1) .(1) "Brecheret 60 anos de Notícia", 
1977, Cia. Melhoramentos, pág. 111 - Sandra Brecheret Pellegrini.
A história do Monumento às Bandeiras tem uma certa relação com as 
próprias "bandeiras", caracterizando-se por um espírito de luta muito grande, 
muita perseverança, coragem e pioneirismo.
É mister lembrar que a partir da década de 40 trabalhava não 
apenas o monumento, mas igualmente o Duque de Caxias, obra essa que não chegou a 
ver pronta. E suas dificuldades materiais eram de tal ordem, como dito 
anteriormente, que, certa feita, tendo que escalar os moldes em gesso do 
monumento, caiu da escada, o que quase lhe foi fatal.
Uma obra monumental, quiçá escultoricamente uma das maiores de que 
se tem notícia, sintetizando a marcha das bandeiras, bem como a trajetória 
artística de Brecheret, pois ali se encontram as marcas de todas as suas fases, 
desde o academismo, o requinte francês e a sua fase indígena-marajoara.
O branco, o negro, o índio e o mameluco figuram na grandiosa 
marcha empreendida pelo nosso Estado, sendo o Monumento "puxado" por dois índios 
a cavalo, em direção ao Pico do Jaraguá.
Se o Monumento percorreu uma estrada de 33 anos, não menos árdua 
foi a estrada percorrida por Brecheret para imposição da sua arte.
Fonte: www.victor.brecheret.nom.br
Victor possui obras em vários locais, como na Pinacoteca, Largo do Arouche, Galeria Prestes Maia, Aeroporto Santos Dumont, Prefeitura de São Paulo, Biblioteca "Ville de la Roche Sur Yon"-Paris-França e no Museu "Middelheim"-Antuérpia - Bélgica.
Que tal prestar atenção quando estiver passando por esses lugares?
Até a próxima pessoal!

 
